REPAGINADO – Golpe do falso gerente volta a atormentar idosos em Rondônia

16/06/2022 16/06/2022 09:40 240 visualizações

Para não deixar pistas, fazem opção de mensagens que se “autodeletam” em 24 horas, explica um consultor bancário

Um crime que deixou no prejuízo centenas de pessoas em vários estados e em Rondônia, está sendo reeditado pelos chamados ciberpiratas, é o “golpe do falso gerente” que já vitimou idosos no interior do Estado e na capital. O alerta é feito por agentes da Segurança Pública. Repaginado, normalmente os idosos são contatados via celular e o interlocutor se apresenta como gerente ou representante de alguma instituição financeira, dizendo que houve uma movimentação estranha e a conta precisa ser bloqueada. Nesta nova roupagem os bandidos estão usando, também, aplicativos de mensagem. Para não deixar pistas, fazem opção de mensagens que se “autodeletam” em 24 horas, explica um consultor bancário. De acordo com relatos feitos pelo consultor e fonte de A Gazeta de Rondônia, assim que o estelionatário ganha a confiança da vítima, passa a pedir dados pessoais, inclusive, senhas. Quando obtém sucesso, envia um motociclista para buscar o cartão bancário da vítima, dizendo que precisa inutilizá-lo. Com tudo em mãos, o criminoso vai até caixas eletrônicos e realiza saques ou empréstimos. De acordo com a fonte de A Gazeta de Rondônia, os golpes acontecem sempre após as 13 horas. “Como é próximo ao final do expediente dos bancos, dá tempo de sacar o dinheiro ou realizar o empréstimo e a vítima só toma conhecimento no dia seguinte”, descreve. Outra modalidade usada é o PIX. A operação é feita para contas em nome de pessoas mortas ou de laranjas. VALORESO prejuízo financeiro de cada vítima varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil. Além disso, tudo indica que seja a mesma quadrilha que esteja aplicando os golpes, devido à semelhança entre uma ocorrência e outra. Muitas vezes, as informações sobre a vida dos idosos são levantadas via Internet e, depois, somente reforçadas durante a conversa por celular ou aplicativos. De acordo com policiais, a orientação é de que nenhum dado pessoal seja passado para desconhecidos. “Quando há, de fato, alguma movimentação estranha, o banco entra em contato, porém, não solicita senhas, nem busca o cartão na casa do cliente”, justifica. Os familiares têm que conversar com os idosos, tanto para não passarem dados via telefone, quanto para não abrirem a porta para desconhecidos, por exemplo. “Os idosos são mais fáceis de serem ludibriados, principalmente, porque viveram em uma época em que se podia confiar nas pessoas. Agora, não dá mais”. O próximo passo será tentar identificar o criminoso ou a quadrilha. Para tanto, já foram solicitadas as imagens das câmeras de segurança dos caixas eletrônicos e, se necessário, a polícia pedirá a quebra do sigilo telefônico das vítimas. No caso de PIX, a identificação é mais demorada, explica. Se identificado e localizado, o autor – ou autores – responderá por estelionato, cuja pena é a reclusão de dois a cinco anos.