Companheiro da jovem acionou a polícia e confessou ter matado a vítima. Em depoimento, ele disse ter usado drogas ao lado do corpo de Maria Cláudia
Morte por "asfixia mecânica através de esganadura". Essa foi a causa da morte de Maria Claudia, de 16 anos, assassinada pelo companheiro há um mês em um apartamento de Porto Velho.
O esposo da vítima, Gabriel Saymo de Oliveira, 22 anos, confessou ter sido o autor do feminícidio. Ele mesmo acionou a Polícia Militar (PM), dez horas depois da morte de jovem, com quem se relacionava há um ano.
O g1 teve acesso ao documento que consta o depoimento do suspeito. Nele, Gabriel Saymo confessa o crime e diz ter usado drogas antes de matar a esposa adolescente.
À polícia, Gabriel afirma que naquela noite 'viu vultos' dentro do apartamento, onde morava com Maria Cláudia há dois meses.
Após asfixiar Maria Cláudia, por volta das 19h de 16 de fevereiro, Gabriel afirma ter saído de casa para se encontrar com um amigo, próximo da residência da mãe dele. Lá eles usaram drogas até 23h.
A retornar para casa, em um ato contínuo, Gabriel diz ter usado mais drogas, desta vez ao lado o corpo da companheira.
Na manhã seguinte, já no dia 17 de fevereiro, o jovem acionou a PM pelo 190 e confessou o crime.
Assassinato no apartamento
Maria Cláudia foi morta dentro do apartamento onde morava com o namorado, em uma vila de apartamentos. O crime foi registrado no dia 17, no bairro Aponiã, em Porto Velho.
Corpo de adolescente é retirado do apartamento onde foi morta em Porto Velho — Foto: Jheniffer Núbia/g1
Na noite de 16 de fevereiro, segundo o proprietário da vila de apartamentos, ele observou pelas câmeras que o suspeito estava agitado, entrando e saindo do apartamento várias vezes.
Por volta das 3h da madrugada daquela noite, Gabriel entrou em casa e não saiu mais. Pela manhã, o próprio suspeito ligou para a PM e revelou ter matado a namorada.
Durante o flagrante, em 17 de fevereiro, o suspeito não entrou em detalhes da motivação e nem como havia matado a adolescente. Mas após a prisão, ele decidiu confessar e relatar o crime.