O número de assassinatos em Rondônia subiu 7% ao longo de 2021 na comparação com o ano anterior. É o que mostra o novo levantamento nacional de homicídios criado pelo
g1 e divulgado nesta segunda-feira (21). Nos 12 meses do ano passado foram registradas
452 mortes violentas — 30 mortes a mais do que em 2020. Estão contabilizados homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Os dados do Monitor da Violência também indicam que o número de assassinatos em 2021 já é o maior dos últimos quatro anos. Das 452 mortes violentas do ano passado, 425 foram de homicídios dolosos (quando uma pessoa tira a vida de outra intencionalmente). Outras 18 pessoas morreram em assaltos e 9 foram vítimas de lesão corporal seguida de morte. O aumento de homicídios em Rondônia seguiu a tendência da região Norte — a única do país com aumento de assassinatos em 2021. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP), a explicação para o aumento da violência na região é a combinação de crimes ambientais e criminalidade organizada.
Meses mais violentos
Dezembro de 2021 foi o mês com mais assassinatos em Rondônia. Foram 55 vítimas mortas em 31 dias. Já o mês de junho aparece na sequência, com 51 assassinatos. Na contramão, fevereiro e setembro foram os que tiveram menos registros de mortes violentas.
Latrocínio em crescimento
O número de vítimas de roubo seguido de morte, o chamado de latrocínio, foi o segundo crime que mais cresceu ao longo de 2021. Segundo dados do Monitor da Violência, foram 18 latrocínios no ano passado em Rondônia, 28% a mais do que o registrado no mesmo período de 2020.
Os dados apontam também que:- O número de homicídios dolosos subiu 4,7% em Rondônia entre 2020 e 2021
- Mesmo lesão corporal seguida de morte tendo o menor número de casos, foi o crime que mais cresceu de um ano para o outro: 350%.
- Em 2020 o estado teve apenas 2 casos de lesão corporal seguida de morte, enquanto no ano passado foram 9 vítimas.
O levantamento faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do
g1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.