
Na época, a menina tinha 4 anos. O documento encaminhado à 2ª Vara Criminal de Bangu, na zona oeste da capital fluminense, relatou que o vereador mantinha, à época, um relacionamento amoroso com a mãe da vítima e aproveitava-se do fato para, nas oportunidades em que se encontrava sozinho com a criança, torturá-la física e mentalmente. O MP-RJ informou que “o denunciado batia com a cabeça da vítima contra diversos lugares, chutava e desferia socos contra a barriga da criança, além de afundá-la na piscina colocando seu pé sobre sua barriga, afogando-a, e de torcer seu braço”. O CASO
Segundo inquérito, Henry chegou ao condomínio onde morava levado pelo pai, Leniel Borel de Almeida, na noite de 7 de março.
Por volta de 3h30 da madrugada de 8 de março, Monique e Jairinho disseram ter encontrado o menino caído no chão do quarto que dividia com a mãe. Henry estaria com pés e mãos gelados e olhos revirados.
Os 2 levaram a criança ao Hospital Barra D’Or. Médicas que atenderam Henry afirmaram que ele já chegou morto e com as lesões apontadas pelo laudo de necropsia.
O documento mostra que a criança teve hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente. O corpo do menino apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.
Monique disse, ao prestar depoimento, que acredita que o filho tenha acordado, ficado em pé sobre a cama e caído no chão ao se desequilibrar ou tropeçar.
O vereador declarou no inquérito que ouviu os gritos de Monique e, ao entrar no quarto, notou que Henry estava gelado e parecia respirar mal. Henry não teria respondido à respiração boca a boca ou aos estímulos feitos no caminho ao hospital. Jairinho disse que, apesar de ter formação em Medicina, nunca exerceu a profissão.
Damasceno ouviu familiares, vizinhos e funcionários da família, entre outras testemunhas. Uma ex-namorada do vereador declarou que, durante a relação, ela e a filha, de 3 anos à época, sofreram agressões de Jairinho.



