“Vamos esperar o que vai acontecer nessa eleição agora municipal. Eu vejo o partido dos trabalhadores tendo se enfraquecido. Ficou muito tempo dependente do ex-presidente Lula, não surgiu nenhuma liderança, por mais que o Lula batize aquele poste como herdeiro dele, mas não surgiu nenhuma liderança dentro do partido dos trabalhadores ainda capaz de ter a mesma atração para o eleitorado que o ex-presidente Lula tinha.”
Bolsonaro fala abertamente que disputará a reeleição daqui a 2 anos. Em maio, disse que ficará no cargo até janeiro de 2027. Indagado sobre especulações de que seria substituído como vice na chapa de Bolsonaro na próxima eleição, Mourão não descartou a possibilidade. Ele, entretanto, disse que é leal a Bolsonaro e que o presidente sabe disso. “O presidente sabe muito bem que eu sou formado na mesma escola dele e na nossa escola lealdade é virtude. Ele sabe que ele tem a minha lealdade. Agora, quando chegar no momento da eleição, pode ser necessário algum tipo de composição. A gente nunca descarta isso aí [sair da chapa de Bolsonaro].”Ele disse, entretanto, que não é o momento de se discutir essa possibilidade: “Eu acho que nós temos tanto problema agora pra resolver que vamos deixar essa conversa para quando chegar o momento certo.” Mourão também declarou que não considera, atualmente, concorrer a outros cargos eletivos. Ele contou que seu título de eleitor é do Distrito Federal. “No momento, não. No momento eu não enxergo ainda nenhuma outra disputa. Mas a gente não pode dizer que dessa água não beberá. Mas, no momento, eu tô pronto aqui para acompanhar o presidente Bolsonaro em mais 1 mandato.“ A avaliação positiva do governo impulsiona os desejos do presidente de seguir na cadeira. A última pesquisa realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, mostrou que 50% dos brasileiros aprovam o governo de Jair Bolsonaro e 41% desaprovam. A parcela da população que avalia positivamente a administração federal cresceu 10 pontos percentuais desde o início de julho. A melhora na taxa de aprovação coincide com 1 período de mudança no comportamento do presidente, que passou a evitar falar com a imprensa ou fazer ataques a adversários.
TRABALHO DE BOLSONARO
O PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A avaliação positiva do desempenho pessoal do presidente ficou estável, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais. Oscilou de 38% para 39% em duas semanas. Os que acham o trabalho de Bolsonaro “ruim” ou “péssimo” são 34%. Os que o consideram “regular” são 24%. Os percentuais tiveram variação dentro da margem.