A ação policial do dia de hoje visa reprimir a prática de crimes de peculato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa, crimes cujas penas, se somadas, podem chegar a 26 anos de reclusão.
Segundo a 2ª DRACO, houve o desmantelamento de associação criminosa que consistia em um conluio espúrio entre funcionários do Banco do Brasil e falsificadores, que juntos agiam com vistas à subtração de dinheiro depositado em cifras milionárias de pessoas falecidas, lesando, assim, o espólio e o patrimônio dos herdeiros.
O grupo tinha como principal meio de execução a falsificação de sentenças em processos de inventário e partilha e certidões e escrituras lavradas em cartórios extrajudiciais. Os criminosos, em posse da documentação falsa, procuravam os empregados da agência bancária e faziam o saque das altas quantias. Os empregados, visando dar cobertura à ação dos falsificadores e mediante o recebimento de propina, deixavam de observar uma série de procedimentos de segurança do Banco do Brasil, aceitando a documentação como idônea.
Segundo a Delegacia Especializada, foi possível identificar, até o presente momento, a subtração de saldo bancário de três contas correntes de pessoas falecidas, cujo valor total do dinheiro subtraído é de R$ 9.502.389,27 (nove milhões, quinhentos e dois mil, trezentos e oitenta e nove reais e vinte e sete centavos). Entre os lesados está o espólio do conhecido diplomata, político, professor e escritor brasileiro Affonso Arinos de Mello Franco, falecido no dia 15 de março do corrente ano.