O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o Senado por ter
derrubado o veto presidencial ao reajuste de salários de funcionários públicos até o fim de 2021. Disse que a decisão transmite 1 “
péssimo sinal” aos investidores.
“Pegar o dinheiro da saúde e permitir que isso se transforme em aumento de salário é 1 crime contra o país”, disse o ministro. O veto derrubado pelo Senado é o que
impediu que categorias como militares, policiais e profissionais da saúde pudessem ter aumentos. O trecho está no socorro aos Estados, sancionado em maio. Se os deputados também rejeitarem o veto, esses aumentos poderão ser concedidos.
“Vamos torcer para a Câmara segurar a situação”, afirmou Guedes. O ministro negociou a regra em contrapartida a 1 socorro financeiro de R$ 120 bilhões a Estados e municípios no início da pandemia.
“No momento em que nós estamos dando esse sinal de equilíbrio fiscal, a economia brasileira está retomando o crescimento, os juros estão baixos! O desentendimento político não pode ficar acima do Brasil”, declarou. Guedes falou ao lado de Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Os 2
reuniram-se no Ministério da Economia. A reunião durou cerca de 1 hora e meia. Marinho disse que será enviado ao Congresso 1
projeto de lei para a abertura de crédito extraordinário de R$ 5 bilhões para obras em andamento. O dinheiro irá para as pastas de Marinho e de Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura. Guedes tratava disputa com outros ministros pelo uso de recursos para investimentos públicos. Essa foi a saída encontrada pelo governo para não furar o teto de gastos (regra que trava o crescimento das despesas acima da inflação). A disputa levou a rumores de que o
czar da economia deixaria o governo. O presidente manifestou apoio a Guedes. Disse que o debate de furar o teto aconteceu, mas que o tema já estava pacificado dentro do governo.
“Estamos por baixo do mesmo teto. Sem dinheiro novo”, disse Guedes.