Pesquisa Datafolha publicada neste domingo (16.ago.2020) no jornal
Folha de S.Paulo confirma a pesquisa
PoderData de julho e mostra que a maioria dos brasileiros pretende se vacinar contra o novo coronavírus assim que a vacina estiver disponível. São
89% os que dizem querer se vacinar contra a Covid-19. Os que afirmam que não se vacinariam são
9%. Os que não souberam opinar somam
3%
A pesquisa foi realizada em todas as regiões do país e ouviu 2.065 brasileiros adultos por meio de entrevistas por telefone. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O levantamento também perguntou quanto tempo as pessoas acham que levará para a vacina estar pronta. Os que esperam a imunização para este ano são 25%. O primeiro semestre de 2020 condiz com a expectativa de 46% dos entrevistados, enquanto 22% acham que a vacina só chega no fim de 2021.
A PESQUISA PODERDATA
Pesquisa
PoderData (essa divisão do
Poder360 se
chamava DataPoder360 até 7 de julho de 2020) mostra que 85% dos entrevistados afirmam que tomariam com certeza uma vacina contra o coronavírus. Os que dizem que não tomariam são 8%. Outros 7% não sabem responder.

A pesquisa foi realizada de 6 a 8 de julho de 2020 pelo
PoderData, divisão de estudos estatísticos do
Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
BOLSONARISTAS E A VACINA
O percentual de pessoas que diz que não tomaria a substância é maior que a média entre apoiadores do presidente. Dos que consideram o trabalho de Jair Bolsonaro ótimo ou bom, 14% declaram que com certeza não tomariam. Neste grupo, 80% dizem que tomariam com certeza e 6% não sabem responder. No grupo que declara aprovar o governo de Jair Bolsonaro, 11% dizem que não tomariam a vacina. Os que tomariam são 83%, e 7% não sabem responder.

PESQUISAS COMPARADAS
Pesquisas não podem ser comparadas quando o enunciado das perguntas é diferente. Também faz diferença a posição das perguntas no questionário. E a data em que os dados foram coletados e a abordagem usada (pessoal em residências, nas ruas, por telefone com operadores de telemarketing ou por meio automatizado). Ainda assim o conjunto de resultados de vários estudos aponta tendências e permite avaliar como a conjuntura está mudando. Foi o que se passou com os dados da pesquisa
Datafolha (de 11-12.ago.2020) que apontou que a maioria dos brasileiros tomaria a vacina contra covid-10, corroborando o estudo do
PoderData (6-8.jul.2020). Os levantamentos estatísticos permitem uma compreensão melhor da realidade quando são realizados com periodicidade fixa e com frequência maior, pois é possível analisar a curva dos indicadores. O
PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde o início de abril. Tem coletado 1 minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.
METODOLOGIA
O Datafolha informou que sua pesquisa foi realizada por meio de ligações telefônicas apenas “
para aparelhos celulares, utilizados por cerca de 90% da população”. Segundo a empresa de pesquisas do jornal
Folha de S.Paulo, as entrevistas são realizadas por telefone “
por profissionais treinados”, que aplicaram “
questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais”. Foram entrevistados, diz o Datafolha, 2.065 adultos “
que possuem telefone celular em todas as regiões e Estados, em 11 e 12 de agosto”. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. No caso do
PoderData, a pesquisa tem uma base mais ampla e é mais impessoal. Foram entrevistadas 2.500 pessoas de 3 a 5 de agosto, por meio de ligações para celulares e telefones fixos em 512 municípios, nas 27 unidades da Federação. A escolha dos números a serem contatados pelo
PoderData é feita de maneira aleatória. Os dados coletados são depois ponderados considerando a localização de cada entrevistado, a idade, renda, escolaridade e idade. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Quando uma pesquisa utiliza uma base de telefones fixos e celulares (metodologia do
PoderData) e não apenas celulares (Datafolha), a tendência é atingir uma parcela mais ampla da população. O
PoderData adota uma metodologia completamente informatizada. O entrevistado interage com uma gravação e responde por meio de opções digitadas no teclado do telefone. Isso garante que todos os entrevistados ouçam as perguntas exatamente com a mesma entonação de voz –na realidade, a mesma voz. Esse grau de impessoalidade não acontece quando entrevistadores humanos são recrutados para conduzir as perguntas –por mais treinados que sejam, a pessoa que responde sempre pode ser influenciada pelo viés da voz de quem aplica o questionário.