O gasto do governo federal com o funcionalismo público caiu 0,8% no 1º semestre em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor em termos reais –descontada a inflação– chegou a R$ 152,6 bilhões. Eis a íntegra do relatório com as informações (659 KB). As despesas com o pagamento de pessoal e encargos sociais somaram R$ 153,61 bilhões de janeiro a junho do ano passado. A quantia é a maior da série histórica, iniciada em 1997. O resultado do 1º semestre interrompe 3 anos seguidos de alta real nos gastos (2017, 2018 e 2019), período em que as contas públicas do governo acumularam deficits fiscais consecutivos. As despesas com salários do funcionalismo cresceram mais do que o dobro da inflação nos últimos anos. O valor pago com a folha de servidores corresponde a 16% de tudo o que é gasto pela União. Como forma de comparação, o custo é o triplo do que é pago com as despesas discricionárias do governo (R$ 47,45 bilhões), que são investimentos do setor público.Em 2001, o governo federal pagou R$ 63,2 bilhões com servidores, em valores nominais. A quantia subiu para R$ 313,1 bilhões em 2019. Subiu mais do que o dobro da inflação no período.No mesmo período, o número de funcionários subiu 15% –de 1,09 milhão para 1,26 milhão. Cada servidor público custava R$ 58.000 por ano (ou R$ 4.800 por mês). A quantia aumentou para R$ 248 mil por ano (ou R$ 20.600 por mês) em 2019.As despesas com servidores são gastos obrigatórios, ou seja, o governo não tem como reduzir por vias administrativas. A saída, segundo o ministro Paulo Guedes (Economia), seria a implementação de uma reforma administrativa. Mas a equipe econômica espera o aval do Palácio do Planalto. O secretário especial de Desburocratização e Gestão do Ministério da Economia, Paulo Uebel, disse ao Poder360 que o envio da reforma administrativa ainda precisa aguardar 1 pouco. “O governo está aguardando o melhor timing político. As eleições municipais e as eleições para as duas casas do Congresso devem impactar na decisão”, declarou. Durante evento da Experct XP 2020, Guedes afirmou que o texto da reforma está pronto, mas que a Presidência preferiu esperar por “interpretação política”.
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10 de Novembro de 2024 às 22:07