Os testes da 3ª fase da vacina contra o novo coronavírus do laboratório chinês Sinovac Biotech, em parceria com o Instituto Butantan, começam nesta 2ª feira (20.jul.2020). O avião com as doses saiu de Frankfurt, na Alemanha, na noite de domingo (19.jul.2020) e pousou nesta madrugada no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP).
Ao todo, os testes serão realizados em 9.000 voluntários, em 12 centros de saúdes espalhados por 6 Estados (Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, em São Paulo e Minas Gerais). O acordo com a China determina que, caso a vacina se prove eficaz, o Brasil teria 60 milhões de doses para distribuição.
Quando o acordo foi firmado, em junho de 2020, o governador João Doria (PSDB) disse que “comprovada a eficácia e a segurança da vacina, o Instituto Butantan terá o domínio da tecnologia, e a vacina poderá ser produzida em larga escala no Brasil pelo próprio Butantan para fornecimento ao SUS”. A vacina é do tipo que contém o vírus inativado. O diretor do Butantan, Dimas Covas, confirmou que o instituto domina a tecnologia de produzir vacinas com essa técnica. De acordo com Doria, o Instituto Butantan já está adaptando uma fábrica para a produção em larga escala da vacina.
A Coronavac, nome dado a vacina do Sinovac Biotech, teve suas fases 1 e 2 de testes realizadas na China, com resultados promissores. Há 158 iniciativas para chegar a uma substância que imunize contra o vírus. Vinte e uma delas estão em testes clínicos, ou seja, com humanos. É o dobro do começo de junho, quando 10 haviam iniciado os testes. Conheça as características das 21 vacinas que estão sendo testadas.
Reportagem redigida pela estagiária Joana Diniz com a supervisão do editor Carlos Lins.