Brasilpassa de 1 milhão de casos e tem 49.101 mortes por coronavírus, mostra consórcio de veículos de imprensa

20/06/2020 20/06/2020 10:03 57 visualizações
Levantamento de consórcio de veículos de imprensa aponta que país tem 1.039.119 casos confirmados. Na sexta, o balanço registrou mais 1,2 mil óbitos em 24 horas pelo 4º dia consecutivo. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde o início da pandemia

O Brasil tem 49.101 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h deste sábado (18), aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

O consórcio divulgou na sexta-feira (19), às 20h, o 12º balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Desde então, GO e RR divulgaram novos dados.

Veja os dados atualizados às 8h deste sábado (20):

  • 49.101 mortes
  • 1.039.119 casos confirmados

(Na sexta, 19, às 20h, o balanço indicou: 49.090 mortes, 1.221 em 24 horas; e 1.038.568 casos confirmados. O país teve, pelo 4º dia consecutivo, mais de 1,2 mil mortes registradas no período de 24 horas. É a 1ª vez que isso acontece desde o início da pandemia.)

Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.

O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

Parceria

A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.

Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.

A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite de 4 de junho. Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.

Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.

No dia 7 de junho, o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.

Na sexta (19), mais uma vez o Ministério da Saúde divulgou os dados completos, obedecendo a ordem do STF. Segundo a pasta, houve 1.206 novos óbitos e 54.771 novos casos, somando 48.954 mortes e 1.032.913 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.