Muda cálculo para pagar INSS; fica mais caro ou barato conforme salário
02/06/2020 02/06/2020 14:33 145 visualizações A partir de domingo (1) começam a valer as novas faixas de contribuição do INSS para os trabalhadores, que foram mudadas pela reforma da Previdência do ano passado, mas só entram em vigor em março deste ano. Agora, a forma de cálculo passa a ser progressiva. Isso significa que não será mais aplicada uma alíquota única sobre o salário, de acordo com o total da renda mensal do trabalhador. Com isso, quem ganha mais, paga mais, e quem ganha menos, paga menos, segundo a Secretaria de Previdência. As alíquotas serão aplicadas em cada faixa de salário da pessoa, até o teto de R$ 6.101,06, semelhante ao que acontece no Imposto de Renda. Veja o exemplo mais abaixo nesta reportagem para ver como funciona o cálculo. Como funciona o novo cálculo? Agora, quem recebe um salário mínimo por mês (R$ 1.045 em 2020), por exemplo, paga 7,5% sobre o salário. O trabalhador que recebe exatamente o teto do INSS (R$ 6.101,06 em 2020), pagará uma alíquota de 11,69%, resultado da soma das diferentes alíquotas sobre cada faixa do salário. Confira como funciona o cálculo no exemplo de uma pessoa que ganha R$ 5.000. Exemplo: salário de R$ 5.000 Como era: Trabalhador pagava uma alíquota de 11% sobre todo o valor de R$ 5.000 Como fica: Trabalhador passa a pagar uma alíquota para cada parte do salário Total do salário: R$ 5.000 Outros exemplos No caso de salários acima do teto do INSS (R$ 6.101,06, em 2020), a contribuição será a mesma para todos (R$ 713,09, em 2020), porque as alíquotas incidem apenas até o valor do teto. Confira alguns exemplos de salários, quanto pagava antes, quanto passa a pagar, e a alíquota efetiva: Para quem vale o novo cálculo? O novo cálculo da contribuição vale para os trabalhadores da iniciativa privada empregados, inclusive domésticos, e avulsos (que prestam serviços para empresas mas não têm carteira assinada). Para trabalhadores autônomos, inclusive prestadores de serviços, e segurados facultativos do INSS, continuam valendo as alíquotas atuais.