Soldado estava à paisana e foi baleado ao ser visto com arma da mão. PM de MT lamentou o ocorrido, afastou policiais envolvidos e disse que apura o fato
Um soldado que trabalhava no setor da inteligência da Polícia Militar foi morto por um colega de farda ao ser confundido com um criminoso na noite dessa quinta-feira (28), no bairro Baú, em Cuiabá. De acordo com a Polícia Militar, o soldado Ricardo Ferreira de Azevedo, de 36 anos, estava à paisana e foi atingido por um tiro feito por um policial da Força Tática.
Ele foi socorrido ao Pronto-Socorro de Cuiabá, mas não resistiu e faleceu.
Em nota divulgada à imprensa, a PM de Mato Grosso lamentou o ocorrido e disse que apura o fato. (Veja a nota ao final da matéria).
Segundo a PM, Ricardo era da 21ª Companhia de Polícia Militar, do Centro, de Cuiabá, e estava na corporação há nove anos.
A Força Tática checava uma denúncia de que havia um grupo de cinco motociclistas em direção perigosa pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha). Foi pedido reforço na região, de outras unidades da polícia. Alguns dos suspeitos conseguiram fugir e outros foram abordados.
O soldado Ricardo estava na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) e ouviu no rádio comunicador a situação. Ele e um segundo soldado tentaram abordar os suspeitos na região quando foram vistos pelos policiais da Força Tática.
A Força Tática, ao ver Ricardo com uma arma na mão e também por não ter reconhecido como policial, atirou.
O colega dele informou à Força Tática que eles também eram policiais. Ricardo foi levado às pressas ao hospital, passou por cirurgia, mas não resistiu.
Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar de Mato Grosso lamentou profundamente o ocorrido. Explicou que o soldado era do serviço de inteligência e trabalhava na coleta de informações sobre tráfico/uso de drogas, roubos, furtos e demais crimes na região central da capital.
“A Polícia Militar lamenta imensamente pela perda trágica e precoce do policial militar e informa que todas as medidas para apuração já estão sendo tomadas, inclusive com o afastamento preliminar dos envolvidos para atividades internas”, declarou a corporação.
O caso já está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar. A PM afirmou que está dando atenção e assistência aos familiares do soldado assassinado.