Professores dos cursos de matemática e medicina estimam que estado deve chegar a 330 mil casos no pico da pandemia. Cerca de 20% da população pode ser infectada
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Rondônia (Unir) aponta que o pico da pandemia do novo coronavírus no estado deve ocorrer no início em junho. As projeções são feitas por professores dos cursos de matemática e medicina da instituição.
Para chegar aos números, os pesquisadores juntam a situação epidemiológica com diversos cálculos matemáticos. Segundo os professores Thomás Daniel e Ana Lúcia Escobar, as projeções estão sendo acompanhadas pelos dados divulgados nos boletins da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Conforme o estudo, 20% da população do estado já pode ter sido infectada em meados de junho, quando os registros de novos casos deverão ficar estáveis. Isso representa cerca de 330 mil pessoas. A previsão é que os números comecem a cair em agosto.
"Depois disso começa a reduzir a quantidade diária de pessoas infectadas", prevê a professora Ana.
Os pesquisadores dizem que aglomerações, como os eventos conhecidos como "CoronaFest", foram causadores da propagação do vírus nas últimas semanas.
Eles também destacam características próprias do estado que devem fazer a epidemia ter um comportamento diferente em Rondônia.
Até a última quarta-feira (29), o boletim da Sesau apontou 433 casos confirmados, 115 pacientes curados, 74 internados com suspeita ou confirmados da Covid-19 e 15 mortes. Ainda conforme o último boletim. As 433 confirmações estão divididas em:
- 313 em Porto Velho;
- 64 em Ariquemes;
- 32 em Ji-Paraná;
- 7 em Ouro Preto do Oeste;
- 4 em Rolim de Moura;
- 3 em Candeias do Jamari
- 2 em Jaru;
- 2 em Urupá;
- 1 em Alto Paraíso;
- 1 em Buritis;
- 1 em Cujubim
- 1 em Itapuã do Oeste
- 1 em Pimenta Bueno
- 1 em Vilhena.
"Nós temos uma concentração da população em alguns municípios do estado, principalmente nos municípios maiores. Nós temos comportamentos importantes em Ariquemes, Ji Paraná. Cacoal nos chama atenção por não ter casos confirmados", diz a professora.